Um Pouco de História da Região:

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Ruínas Romanas de Cardilium

 

Monumento Nacional - Decreto 47508 de 24/01/67
Estrada Municipal de S. António da Caveira
Torres Novas

 

Historial de Torres Novas, Santarém, Portugal

O concelho de Torres Novas data do princípio da nacionalidade, tendo a sua sede recebido foral em 1190, por D.Sancho I. Este foral foi confirmado mais tarde por outros reis portugueses. Além destes forais, o concelho regia-se também pelos documentos denominados "Foros de Torres Novas", reguladores do seu direito consuetudinário, documentos estes considerados de grande importância para o estudo do municipalismo no nosso país.

A vila, conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques em 1148, fora mais tarde reconquistada pelo "miramolim de Marrocos". Até à posse definitiva pelos cristãos, tanto o castelo como a povoação foram sucessivamente sendo destruídos.

Em Torres Novas realizaram-se duas importantes CORTES: a de 1438, reunídas após a morte de D. Duarte, as de 1535, em que se assinou o contrato de casamento da Infanta D. Isabel com Carlos V.

D.Dinis doou a vila a sua mulher, a Rainha Santa Isabel e D. João II concedeu-a a D. João de Lencastre, filho de D. Jorge.

Em 1834, os liberais apoderaram-se da vila, depois de um violento com bate com os absolutistas.

Devido à sua posição geográfica - bacia hidrográfica do Rio Almonda e cruzamento de muito importantes vias de comunicação - Torres Novas teve um grande desenvolvimento industrial, tornando-se em pouco tempo um importante polo de atracção.

Sobre a antiguidade de Torres Novas apenas se poderá dizer que remonta à denominação romana, pois foram descobertas as ruínas de uma cidade romana, a "Vila Cardilium"

 

 

Bibliografia:   

in DIAGNÓSTICO SÓCIO-CULTURAL DO DISTRITO DE SANTARÉM - ESTUDO 1, Santarém, 1985, pág. 476.

www.ribatejo.com/ecos/tnovas/tncardilio.html

 

Mapa Local de Torres Novas

 

 

 

 

Localização do Concelho de Torres Novas no Distrito de Santarém

 

 

Torres Novas, localizado a norte do Ribatejo apresenta duas regiões geomorfológicas distintas. Com o cenário de fundo da Serra de Aire de características acidentada e de formação calcárea. A noroeste e em contraste aparecem as regiões planas do Ribatejo, delineadas pelos rios Tejo e Almonda que com as suas enchentes alimentam as terras circundantes.

O rio Almonda e a Serra de Aire, são assim, os factores mais marcantes da paisagem natural de Torres Novas, privilegiada com um clima de feição mediterrânica, que proporciona um clima favorável ao desenvolvimento da figueira e da amendoeira. Rico em pinheiro bravo que se estende por vastas áreas, não descurando os olivais e os laranjais que dão riqueza à terra.

 

Torres Novas, é o quarto maior concelho do distrito de Santarém em termos de população, situado na zona centro está localizado a 113 km de Lisboa, 23 km de Fátima, 220Km do Porto e  238 km da Fronteira Espanhola Caia (Badajoz).

O melhor acesso rodoviário, para se deslocar até esta bonita Cidade é pela A1 (Auto-estrada do Norte) saíndo em Torres Novas. Para quem pretender deslocar-se de comboio tem um terminal ferroviário a 7 km, no Entroncamento. Sem deixar de referir que existem  transportes públicos que têm paragem obrigatória na cidade, como os Expressos, Carreiras e ainda os Transportes Urbanos Torrejanos, os TUT, como são mais conhecidos.

 

As Cores da Bandeira Nacional

 

 

Meio Fisico de Torres Novas (Cidade):

 

Composto pelas 17 Freguesias de: ALCOROCHEL, ASSENTIZ, BROGUEIRA, CHANCELARIA, LAPAS(Cidade), OLAIA, PAÇO, PARCEIROS DE IGREJA, PEDROGÃO, RIACHOS, RIBEIRA BRANCA, SALVADOR (Cidade), SANTIAGO (Cidade), MEIA VIA, SANTA MARIA (Cidade), S. PEDRO (Cidade) e ZIBREIRA, o concelho de Torres Novas é limitado a Norte pelos concelhos de Tomar e de Vila Nova de Ourém, a Oeste por este último e pelo concelho de Alcanena, a Sul pelos concelhos de Santarém e da Golegã e a Este pelos concelhos de Entroncamento e Tomar. Tem uma área total de 278,92 Km(cerca de 4,2% do distrito).

Limitado a noroeste pela imensa Serra de Aire (onde se encontram as principais áreas inaproveitadas agricolamente) tem como cota máxima o seu vértice- 677,7m - e mínima 26,5m.

Percorrido pelo RIO ALMONDA (que nasce na Serra de Aire) em toda a sua extensão, o solo torrejano é fértil em produtos hortícolas nas zonas ribeirinhas, predominando a figueira e a oliveira nos terrenos não irrigados. O concelho é ainda atravessado pela Ribeira de Alvorão (afluente do Almonda) e pela Ribeira de Bezelga (afluente do Nabão).

Sem dúvida, o principal aspecto a focar neste capítulo (embora que sumariamente) diz respeito ao sistema ecológico de toda uma população cujo passado (não muito remoto) - história, economia, vivência e convivência - está intimamente ligado ao Rio que banha a região - o Almonda: desde o recreio-pesca (temos o exemplo da Taça das Nações), natação, passeios de barco - até ao trabalho - a lavagem de roupa, o moer da farinha em pequenos moínhos de água, - passando pela economia - potencialidade de irrigação e fertilização dos campos para a agricultura. As inúmeras fábricas instaladas no concelho de Torres Novas - papel, destilarias de álcool, metalúrgicas, e têxteis, principalmente - com especial incidência nas margens do Almonda, não tiveram na sua origem qualquer preocupação ao nível do saneamento, utilizando o Almonda como vazadouro dos detritos industriais. Este problema tem vindo a tomar peso gradualmente e com maior intensidade desde 1972, altura em que começou a tornar-se difícil viver junto ao rio e muito especialmente na vila de Torres Novas. Constituída e oficializada a Comissão de Estudos e Combate da Poluição do Rio Almonda em 1957, iniciou-se uma vasta campanha de alerta das populações e do governo para a catástrofe eminente. Porém, e apesar de todos os esforços então desenvolvidos, somente a partir de meados de 1981 foram mandados eleborar os primeiros projectos, estando alguns em execução e outros em fase de ultimação. Está, neste momento (1985), aprovado um financiamento intermunicipal.

Apesar de estar situado numa região de clima mediterrânico, o concelho de Torres Novas tem um MICRO-CLIMA característico devido à proximidade da Serra de Aire, que faz com que os ventos dominantes de NW subam, provocando, durante o Inverno, uma baixa do teor de humidade e consequente baixa de temperatura; no Verão, o ar muito seco conduz à elevação da temperatura. Este micro-clima é assim de tipo continental, com influências mediterrânicas.